A Paraíba é o estado brasileiro com o
segundo maior índice de sobrevivência, ficando atrás apenas de Minas Gerais
(81%), segundo o estudo “Sobrevivência de Empresas”, divulgado pelo Sebrae,
nesta quarta-feira (10). Com isso, as empresas paraibanas destacam-se
nacionalmente por sobreviverem aos dois primeiros anos de vida, uma vez que 80%
dos negócios abertos superaram as dificuldades iniciais e mantiveram-se no
mercado.
A pesquisa mostrou também que, no país,
a taxa registrada foi de 76% e, na região Nordeste, 71%. Entre as capitais,
João Pessoa também obteve a segunda melhor colocação, com 79%.
Para o superintendente do Sebrae Paraíba, Luiz Alberto Amorim, a taxa positiva
do Estado se deve ao melhor preparo dos empreendedores na condução de seus
negócios, associado a um ambiente legal mais propício, com diminuição da carga
tributária. “O empresário que gerencia um pequeno negócio está cada vez mais
consciente da importância de sua capacitação e preparação para o mercado e isso
acontece tanto com o empreendedor de empresa formal, quanto os informais”,
destacou.
O superintendente lembrou que apenas na última Semana Nacional do
Microempreendedor Individual, realizada entre os dias 1 a 6 de julho, foram
atendidos cerca de 4 mil empreendedores paraibanos em todo o Estado. No
primeiro semestre deste ano, o Sebrae Paraíba atendeu mais de 17 mil pessoas,
entre capacitações e orientações técnicas presenciais.
O estudo foi elaborado a partir da base de dados da Secretaria da Receita
Federal, focando a taxa de sobrevivência das empresas com até dois anos de
atividade, abertas em 2009. Nesse período inicial, a empresa ainda não é
conhecida no mercado, não possui carteira de clientes e, muitas vezes, os
empreendedores ainda têm pouca experiência em gestão.
Este é o segundo estudo sobre o tema realizado pelo Sebrae. No primeiro, quando
tomou-se por base as empresas abertas em 2007, a Paraíba obteve uma taxa de
sobrevivência de 78,5%, sendo também superior à média do país, que foi de
73,6%, e empatando em segundo lugar no ranking nacional, com o Estado de
Roraima.
Setores
Além dos dados gerais dos estados, a pesquisa segmentou a sobrevivência das
empresas por setores. Na Paraíba, o setor de comércio foi o que apresentou
maior índice (83,8%), seguido da indústria (80,2%), construção civil (76,8%) e
serviços (72,5%). Nacionalmente, é a indústria que possui maior taxa de
sobrevivência, com quase 80%. Em seguida, aparecem comércio (77,7%), construção
civil (72,5%) e serviços (72,2%).
Cidades
Entre as capitais, as três maiores taxas de sobrevivência são as de Brasília
(79,8%), João Pessoa (79,3%) e São Paulo (77,9%). As três menores taxas são de
Rio Branco (52,3%), Manaus (53,5%) e Recife (55,3%). Em geral, as taxas de
sobrevivência nas capitais são menores que as verificadas na média de seus
respectivos estados, apontou o estudo. A taxa média das capitais é de 72%,
contra 76% na média nacional.
Outro destaque da Paraíba foi a cidade de Campina Grande. Quando analisados os
principais municípios do país, Campina destacou-se com empresas com taxa de
sobrevivência de 84%, superior à média do Estado e da Capital.
Com G1