Os prefeitos
de municípios paraibanos que se encontram em situação de emergência devem
efetuar adesão ao programa estadual de barragens subterrâneas até o próximo dia
10 de agosto, quando termina o prazo de inscrição. O programa faz parte do
Plano Emergencial de Enfrentamento à Estiagem anunciado pelo governador Ricardo
Coutinho em junho.
Nessa
quarta-feira (22) foi realizada na cidade de Bananeiras a última das cinco
reuniões realizadas pelo Governo do Estado para capacitar prefeitos,
secretários municipais de agricultura, agricultores familiares, estudantes e
técnicos para a implantação do programa estadual de barragens subterrâneas.
Neste mês já foram realizadas reuniões em Campina Grande, Sumé, Patos, Sousa
com o mesmo objetivo.
O Governo do
Estado, em parceria com as prefeituras, vai construir duas mil barragens que
beneficiarão mais de 50 mil agricultores familiares paraibanos. A implantação
das barragens subterrâneas vai ser operacionalizada pela Secretaria de Estado
da Agricultura Familiar e do Desenvolvimento do Semiárido (Seafds).
A adesão das
prefeituras ao Plano Emergencial de Enfrentamento à Estiagem como condição de
acesso às barragens é necessária porque vincula sua contrapartida nas obras,
através da utilização das máquinas fornecidas pelo Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC).
“Mostramos que
os custos para as prefeituras como para o Estado são mínimos e os efeitos são
de inclusão produtiva para as mais de duas mil famílias que serão beneficiadas
com as barragens subterrâneas. Cada prefeitura gastará em média de seis a oito
horas de máquinas, o que gera cerca de R$ 200 em combustível e o Governo
entrará com aproximadamente R$ 3 mil para cada barragem”, afirmou o secretário
da Agricultura Familiar e do Desenvolvimento do Semiárido, Lenildo Morais,
destacando ainda que até o momento mais de 70 prefeituras já aderiram ao programa
através do portal da Secretaria de Articulação Municipal.
Dentre os
prefeitos presentes ao evento estiveram os de Nova Floresta, João Elias;
Caserengue, Luis Carlos; o vice-prefeito de Tacima, Bilac Soares; e os
secretários de agricultura de Arara, José Cláudio; Bananeiras, Marcilio
Lourenço; Caserengue, Raniery; Damião, Raimundo de Azevedo; Frei Martinho,
Isabeli Cristina; Lagoa de Dentro, João Pedro da Silva; Nova Floresta, Ademir
Cordeiro; Pedro Régis, José Aguinaldo; Picuí, Karkon; Remígio, Isabel Cristina;
Serra da Raiz, Edson Míguel e de Solânea, Walnir de Meneses.
O prefeito de
Bananeiras, Douglas Lucena, representando os demais, parabenizou os presentes
na pessoa do secretário de Estado, Lenildo Morais, e fez um alerta para que os
governantes não se enganem com o verde da vegetação do Brejo, pois a falta de
água já afeta toda a região.
“Nossa cidade
vive uma crise no abastecimento, mas essa não é uma realidade só nossa e sim de
toda a região. A estiagem, que é uma realidade vivida por muitos paraibanos, é
muito mais incisiva na nossa região, pois nunca precisamos nos preocupar com a
falta de água. Muitos moradores de Bananeiras nem caixa de água tinham em
virtude de nunca ter nos faltado água nas torneiras, por isso essa reunião é
fundamental para nos adaptarmos a essa nova realidade”, afirmou Douglas Lucena.
Programa Viva
Água - Em junho, o governador Ricardo
Coutinho anunciou investimento de mais de R$ 133 milhões, por meio do Plano
Emergencial de Enfrentamento à Estiagem (Programa Viva Água). Desse montante,
R$ 80 milhões correspondem aos recursos do Estado e R$ 53 milhões são oriundos
do Governo Federal.
Barragem Subterrânea - Barragem subterrânea é uma tecnologia que permite armazenar água
no subsolo, sendo usada para ajudar na produção, principalmente no período de
estiagem. Deve ser construída nos períodos em que o nível da água subterrânea
estiver mais baixo. Após a identificação do local adequado à construção, é
feita uma abertura transversal ao leito de um riacho. Esta abertura pode ser
feita de forma manual ou mecânica (retroescavadeira). Em seguida é colocado
material impermeável (argila, lona plástica etc.), de modo que venha impedir o
fluxo natural da água subterrânea. Concluída a obra, a vala é totalmente
preenchida com o próprio material que foi retirado.
Paraíba Mix