Trânsito Que Mata: Mais uma Vitima em Nossa Comunidade; Por Verinaldo Enéas

Em um espaço curto de tempo nossa cidade viveu duas situações, semelhantes, ambas provocadas por acidentes automobilísticos.  O primeiro aconteceu em no final de Julho, na cidade de São Paulo, a qual foi vitima o cidadão Amparense, Aderaldo Freitas. Embora, na oportunidade o mesmo dirigia seu carro, passou mal, bateu de frente e teve morte imediata.

Outro fato aconteceu essa semana, também motivado pelo transito.  A vítima desta vez foi a Jovem Jéssica Farias, que deixou a população bastante abalada.  Morava e trabalha em Brasília, DF. Cheia de vida, e certamente de projetos pessoas, foi interrompido precocemente, todavia, em função do trânsito perverso, que assola  todos os recantos do território brasileiro.

Diante dos fatos, convido a todos, para uma reflexão sobre o tema e consequentemente provocar cada cidadão no sentido de rever atitudes, comportamentos, e adquirir uma cultura de paz no trânsito, tão caótico nos últimos anos.

Todos os dias centenas de pessoas em todo o mundo morrem no transito. Muitas acabam falecendo em virtude de outras que não respeitam a sinalização. Excesso de velocidade, álcool, falta de manutenção veicular, falta de sinalização, são alguns dos motivos que podem causar graves acidentes, muitos que poderia ser evitados.

As principais causas da violência no transito são evitáveis, dentre elas, dirigir sob-efeito de álcool ou de entorpecentes, trafegar em velocidade inadequada, inexperiência na direção, falta de atenção e de manutenção no veiculo são as mais conhecidas. Além de que muitas rodovias estão mal sinalizadas, muitos motoristas arriscam suas vidas e de outras pessoas. O álcool e a pressa têm sido  a principal causa de acidentes no Brasil, chegando a causar 50% das mortes.

A violência no trânsito é responsável pela terceira maior causa de mortes no Brasil, ficando atrás apenas das mortes causadas por doença do coração e doenças como o câncer. A cada ano o numero  aumenta, colocando o país entre os que mais registram mortes em acidentes de trânsito no mundo. Os dados estatísticos mostram que aproximadamente 40 mil brasileiros perdem suas vidas por ano no trânsito, e esses dados não são precisos tendo em vista que para os dados estatísticos consideram-se apenas as mortes ocorridas no local do acidente, ou seja, aquelas vítimas que são hospitalizadas e que posteriormente venham a falecer não estão incluídas o que nos levam a crer que infelizmente o número de mortes é ainda maior.

Para tentar reverter esse quadro, os governantes concentram esforços para reduzir os índices dessa realidade, trabalhando na criação de novas leis e ações preventivas, embora algumas barreiras dificultam resultados mais eficazes. A falta de efetivo, equipamentos e, principalmente a impunidade, fazem com que os números continuem elevados e sem previsão de redução. Existe também outro motivo fundamental para que essa situação não se resolva: o comportamento da população. É através desta conscientização em massa que os números tendem a diminuir, como ocorre em muitos países, onde a população alterou conceitos, valendo-se de uma direção preventiva, respeito aos cidadãos e as leis de trânsito. A população tem um papel fundamental nesta luta e, ao lado do poder público, pode tirar o Brasil das primeiras colocações no ranking de mortes no trânsito.

O importante seria cada um se conscientizar que só haverá segurança no trânsito partindo de nós mesmos, cada ação que fazemos pode estar salvando uma vida, prevenindo acidentes, e melhorando a segurança.

Resta-nos levar aos familiares das vitimas, nossa solidariedade, nosso apoio espiritual, pois, neste momento toda e qualquer ação serve de consolo, ficando a certeza de que as lições do presente nos ajudarão a ter dias melhores.

Até o próximo.

Verinaldo Eneas da Costa,
Filósofo/Professor da Rede Publica

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