No
período das Festas Juninas, em que naturalmente aumenta-se o consumo de comidas
feitas com milho, seja na forma natural (assado ou cozido), ou em forma de
canjica, pamonha, bolo, cuscuz, mingau, creme, pipoca etc., a Agência Estadual
de Vigilância Sanitária reservou a edição do informativo radiofônico “Momento
Agevisa” para informar aos ouvintes do Jornal Estadual da Rádio Tabajara sobre
os benefícios alimentares do milho e também para os cuidados que devem ser
tomados com as comidas preparadas com o produto.
Segundo
observou a diretora-geral da Agevisa/PB, Maria Eunice Guimarães, assim como
todos os demais alimentos, o milho (em suas variadas formas de utilização e consumo)
precisa ser manipulado, preparado e conservado de forma correta, observando-se
as exigências sanitárias e de higiene, que são procedimentos extremamente
importantes para prevenir doenças causadas por alimentos e para a consequente
preservação da saúde humana.
Alimento
rico em vitaminas e proteínas – De acordo com a gerente-técnica de Inspeção e
Controle de Alimentos da Agevisa/PB, engenheira de Alimentos Tatiane Lucena, o
milho é um dos alimentos mais conhecidos e nutritivos que existe, sendo utilizado
tanto para o consumo humano quanto para a produção de ração animal.
“Além
de fibras, o milho possui proteínas, vitaminas A e C, vitaminas do complexo B,
ferro, potássio, fósforo, cálcio e celulose. É também uma boa fonte de
carboidratos, ou seja, de energia, e, além disso, não contém glúten, podendo
ser utilizado por pacientes celíacos, que são aquelas pessoas com reação
imunológica do intestino que provoca intolerância ao glúten”, explicou a
gerente-técnica. Ela acrescentou que, em função da boa quantidade de fibras, o
milho favorece uma melhora da função intestinal. E por ser uma opção de
alimento de baixo índice glicêmico, é bem recomendado para pacientes portadores
de diabetes dos tipos 1 ou 2.
Cuidados
com os excessos – Apesar dos benefícios alimentares que apresenta, o milho e as
comidas dele derivadas não devem ser consumidos em excesso, pois o consumo
exagerado pode ocasionar a formação de depósitos de gordura no organismo. “Por
essa razão, não se recomenda uma ingestão que ultrapasse a quantidade de
calorias médias que um indivíduo deve ingerir em um período de 24 horas. E o
ideal é que a pessoa consuma abaixo de 450 gramas por dia”, observou a gerente
de Alimentos da Agevisa/PB.
“Como
há grandes variedades de pratos que contém o milho em sua composição, as
pessoas podem escolher a melhor maneira de consumir o alimento, seja na sua
forma natural, seja em cereais matinais, mingaus, tortas, polenta, pipoca,
pamonha, canjica etc. É preciso, entretanto, redobrar a atenção para a
quantidade que se está ingerindo, já que esse é um alimento calórico que
proporciona muita energia, podendo provocar o acúmulo de gordura”, enfatizou
Tatiane Lucena.
Como
escolher e comprar o milho – Os cuidados com o milho, segundo ela, devem ser
tomados a partir do momento da compra, quando se deve observar as condições de
higiene e armazenamento, e ainda as próprias características do produto, ou
seja, o estado das espigas, que devem ter folhas flexíveis e bem verdes, e
apresentar cabelos no tom marrom-escuro.
Se
a intenção da pessoa for adquirir milho para o preparo de canjica, pamonha,
bolo, curau, pudim e outros pratos afins, a preferência deve ser dada para as
espigas de cor mais amarela, pois isso indica que ela contém mais amido, e isso
ajuda na consistência da receita. Mas se o objetivo for consumir milho cozido
ou assado, deve-se escolher espigas mais novas, com grãos mais claros, pois à
medida que vai envelhecendo, o milho torna-se duro.
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