Se Dilma não vai à seca, a seca vai até
Dilma. Com este lema o deputado federal Efraim Filho (DEM) lidera, ao lado de
entidades ligadas à agricultura, protesto contra o tratamento do Governo
Federal às vítimas da seca na Paraíba nesta segunda-feira (4), dia em que a
presidente Dilma Roussef visitará o Estado. O local do protesto ainda não foi
definido. Aguarda-se a publicação da agenda presidencial.
O movimento terá a participação da
Federação de Agricultura da Paraíba - FAEPA, com a ASPLAN, Associação dos
mutuários do Banco do Nordeste e outros segmentos da sociedade.
Efraim encaminhou ao secretário geral da presidência da República, Gilberto
Carvalho, um ofício com sugestões para a visita da presidente Dilma Roussseff
ao estado da Paraíba. No ofício encaminhado à presidência da República o
parlamentar apelou para o bom senso de Dilma Rousseff.
Do que foi divulgada, a agenda consta
apenas uma visita ao Centro de Convenções, em João Pessoa e barragem de Acauã.
Na avaliação do deputado, a presidente
só conhecerá de fato os problemas enfrentados pelo povo se for a lugares onde a
população sofre com a falta de água e rebanhos inteiros estão sendo dizimados
porque além da água falta comida.
“As ações do governo federal hoje
são emergenciais. A Paraíba está cansada de receber migalhas e esmolas:
Cisternas, carros-pipa e milho da Conab são paliativos que não estão atendendo
às necessidades da Paraíba. Nós queremos e precisamos que as obras da
transposição do rio São Francisco sejam concluídas e as dívidas dos
agricultores anistiadas. Não dá mais para continuar ano após ano vendo o povo,
principalmente o sertanejo sofrendo sem poder fazer nada”, declarou Efraim ao
afirmar que a presidente precisa ir às regiões como o semiárido, seja
Curimatau, Vale do Sabugi, no Cariri ou ainda no alto sertão nordestino.
“Sem conhecer essa dura realidade
as decisões continuarão paliativas, mas se a presidente Dilma conhecer às
necessidades e com a sensibilidade que é lhe peculiar o governo poderá
trabalhar medidas mais estruturadas e planejadas para que nas próximas
estiagens o sertanejo não sofra tanto”, afirmou Efraim Filho ao destacar que a
estiagem nos últimos dois anos foram as mais duras dos últimos anos e poderá
ser estendida até final de 2013.
“Não é um movimento de oposição,
mas de proposição. A mobilização tem em vista tirar uma ação concreta da
presidente Dilma sobre as medidas estruturantes de combate a seca e o perdão de
dívidas de pequenos produtores que estão sufocados pelo longo período sem
produção alguma. Se a Dilma não vai à seca, a seca vai a Dilma”,
destacou.