BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff
disse ser lastimável o aumento nas contas de luz, mas anunciou que a Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vai reduzir de 15% a 20% o preço da
bandeira tarifária vermelha graças ao desligamento de usinas térmicas na última
semana.
"Sem sombra de dúvidas, é verdade
que as contas de luz aumentaram, o que nós lastimamos. Por causa da falta de
energia para sustentar a oferta de luz tivemos que usar as térmicas, pagando
bem mais do que se tivéssemos só energia hidrelétrica no nosso sistema",
disse Dilma.
Segundo ela, o desligamento de 2.000
megawatts em geração térmica no último sábado possibilitará uma mudança no
regime de bandeira vermelha, que hoje cobra nas contas de luz um adicional de
R$ 5,50 para cada 100 kilowatts-hora (kWh) consumidos. Desde janeiro vigora a
bandeira vermelha, a mais cara, em todo o País.
"A Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel) fará uma consulta pública, mas a estimativa é de uma redução
de 15% a 20% na bandeira vermelha. Com a regularização do regime hidrológico,
teremos cada vez mais boas notícias", completou.
O ministro de Minas e Energia, Eduardo
Braga, disse que haverá um desconto na bandeira vermelha em setembro, mas não uma
redução para a bandeira amarela porque o País ainda está em seu "período
seco". "Ainda não temos a segurança para acionarmos a bandeira
amarela. Em outubro e novembro faremos avaliação", disse.
Segundo o ministro, com o desconto que
será definido até o dia 28 deste mês, a bandeira vermelha de setembro cairá dos
atuais R$ 5,50 por 100 kilowatts-hora (kWh) para R$ 5 ou até R$ 4,50.
MSN Brasil