Estamos vivendo uma época em que
todos nós temos uma necessidade enorme de informação. Apesar de todos os
recursos tecnológicos ao nosso favar, transmitindo informações e conhecimentos
ao homem, não estamos satisfeitos, e procuramos constantemente através dos
questionamentos respostas para nossas necessidades humanas.
Em nosso dia a perguntamos sem
refletir sobre o próprio perguntar, sem indagar pelo o significado dessa
operação da inteligência que se acha na raiz de todo conhecimento e de toda
ciência. E ao perguntar pelo perguntar, converteremos essa operação, que nos
parece tão banal, no quotidiano, em temas filosóficos, a partir do nosso
momento que passamos a considera-la do ponto de vista da critica radical.
Se compararmos, neste aspecto, o
comportamento humano com o animal, verificamos que o animal não pergunta, não
indaga, limitando-se a responder. Mas, porque o animal não pergunta? Os animais se alimentam e se reproduzem
apenas por instinto ou estímulo que provoca respostas, sem questionar como,
quando e por que fazem. O instinto ou
estímulo dos animais só os deixa responder aquilo que estão precisando no
momento, seja para satisfazer sua fome ou para fugir do perigo. Ninguém os
ensina suas atividades, todos sabem exatamente o que fazer e faz tudo
inconscientemente sem ter direito de escolha de querer ou não fazer.
O animal e o meio em que vive se
confundem, pois não há exploração, degradação, porque tudo é
natureza.
O Homem, com seu livre arbítrio,
precisa perguntar para tomar a decisão correta, para se situar no tempo, saber
o grupo ao qual pertence e até mesmo a fim de conhecer seu passado. A sociedade
impõe regras, proibições e costumes a serem seguidos e o Homem necessita estar
em constantes indagações a fim de saber como se comportar diante de várias
situações e como se relacionar com os outros.
Através de seus questionamentos, o ser humano
chega ao elevado grau intelectual, econômico e tecnológico, pondo a Natureza a
seu serviço, mudando até sua própria conduta pela educação, cultura e
conhecimentos científicos.
O Homem continuará perguntando,
pois a pergunta está intrínseca e pressupõe a sua evolução.
O Homem, desde os primórdios,
traz em sua natureza inquietações e necessidade de se lançar a descobertas,
isso porque o ser humano possui uma inteligência que o diferencia de todos os
animais.
Responsáveis por mudanças
significativas, as indagações estiveram sempre presentes na História da humanidade. O homem indaga a
si próprio e a outros, por isso, nunca se viu no Planeta um animal que tivesse
tanta evolução quanto à do Homem.
Em contraste, o homem pergunta.
E, por que pergunta? Porque precisa pergunta. Mas, por que precisa perguntar?
Precisa perguntar por que não sabe e precisa saber, saber o que é o mundo em que se encontra e no qual deve
viver. Para poder viver, e viver é conviver com as coisas e com outros homens,
precisa saber como as coisas e os outros homens se comportam, pois sem esse
conhecimento não poderia orientar sua conduta em relação as coisas e aos
homens. Para o ser humano o conhecimento não é facultativo, mas indispensável,
uma vez que sua SOBREVIVÊNCIA DELE DEPENDE. Mas, para que esse conhecimento
possa torna-se realmente útil e lhe transmitir transformações a natureza,
podendo-a a seu serviço, e lhe permita, também, transformar sua própria
natureza, pela educação e pela cultura, para que esse conhecimento possa torna
torna-se o fundamento de uma técnica eficaz, é indispensável que não seja
meramente reflexivo, mas fundamentado, como assim exige o mundo moderno.
Finalmente estamos vivendo era
digital. Aonde as redes sociais tem um papel fundamental na informação e
consequentemente as resposta são rápidas emitidas por seus usuários. Para
muitos não é possível conviver sem Skype, o facebook, o WhatsApp Web, entre outros meios virtuais
indispensável no dia a dia. Agora o questionamento que parte da sociedade faz,
é que tipos de perguntas estão sendo feitas e quais suas respectivas respostas.
O importante é perguntar. E que
este ato tão importante da natureza humana, ajude-nos a viver melhor, superando
obstáculos, vivendo em harmonia com as relações humanas, aprendendo e ensinando para que tenhamos um feliz 2016.
VERINALDO ENEAS DA COSTA
(PROFESSOR DE FILOSOFIA)