O 11 de setembro de 2001 datou o maior
ataque terrorista já sofrido pelos Estados Unidos da América. Às 8h46min, o primeiro
avião colidiu com uma das torres do World Trade Center (WTC), em Nova York.
Cerca de 20 minutos depois, outra aeronave chocou-se contra a segunda torre da
estrutura, começando a eliminar a possibilidade de acidente aéreo. Após mais
alguns minutos, o terceiro avião atingiu o Pentágono, sede do Departamento de
Defesa dos EUA, que fica próximo a Washington D.C., capital do País.
Junto à fumaça, à poeira e ao fogo,
algumas pessoas corriam em desespero pelas ruas de Nova York, enquanto outras
se atiravam pelas janelas dos prédios para escapar das chamas. Às 10h30min, as
Torres Gêmeas do WTC estavam completamente desmoronadas.
Ao todo, quase 3 mil pessoas morreram,
incluindo todos os passageiros das quatro aeronaves, bombeiros, funcionários do
Pentágono, muitas pessoas que trabalhavam no WTC e os 19 terroristas. De acordo
com investigações, o grupo responsável pela ação foi o Al Qaeda. Comandados por
Osama bin Laden, os integrantes da organização terrorista islâmica sequestraram
os aviões para dar início ao atentado.
Hoje, 17 anos após o ataque às Torres
Gêmeas, relembre e descubra peculiaridades que permeiam uma das maiores
tragédias vividas nos EUA.
1. A quarta aeronave
A quarta aeronave, que estaria
destinada ao Capitólio (casa do poder legislativo americano), caiu em uma área
rural do estado da Pensilvânia antes de atingir o alvo, após os passageiros
tentarem retomar o controle do transporte.
O Coordenador do MBA em relações
governamentais do Mackenzie Márcio Coimbra, explica que o avião não atingiu o
alvo em decorrência de um atraso de 20 minutos na decolagem. “O plano era que
todos os aviões colidissem com os alvos ao mesmo tempo para gerar maior
sensação de pânico. Depois que os três primeiros caíram, passageiros da quarta
aeronave foram avisados do sequestro e, então, reagiram”, detalha. De acordo
com ele, as vítimas invadiram a cabine e, inclusive, houve luta corporal com os
terroristas, que optaram por derrubar a máquina prematuramente.
2. Número de terroristas
No total, 20 terroristas participariam
do atentado, distribuídos em 5 para cada aeronave. O quarto avião (curiosidade
nº 1), entretanto, estava desfalcado. Marcio Coimbra explica que o quinto
integrante não embarcou. Zacarias Moussaoui foi capturado e está preso até
hoje, único envolvido sobrevivente.
3. Horário dos desmoronamentos
A torre norte foi a primeira atingida,
às 8h46min. No entanto, a torre sul, atingida às 9h03, foi a primeira a
desmoronar, às 9h59min. Coimbra explica que a razão do desmoronamento prematuro
foi o local da torre que cada avião atingiu, no centro da torre sul e em cima
na torre norte. “A torre sul, por ter sido atingida no meio, foi pressionada
pelos andares de cima e caiu mais rápido”, esclarece. A torre norte desmoronou
às 10h28min.
4. Escala richter
De acordo com o coordenador de
relações internacionais, a queda das Torres causou uma sensação de abalo
sísmico de aproximadamente 2.4 na escala richter na região.
5. Terceiro desmoronamento
No mesmo dia, por voltas das 17 horas,
outro prédio do WTC caiu. O Building 7, de 47 andares, não foi atingido por
nenhum dos aviões, mas teve a estrutura prejudicada com o abalo do desabamento
das Torres Gêmeas.
6. Vítimas
No total, considera-se que 2.753
pessoas morreram no atentado. Destas, 343 eram bombeiros, 23 eram policiais e
37 eram oficiais do porto de Nova York. O número total continuou crescendo no
decorrer dos anos, atribuindo ao número de vítimas fatais pessoas que faleceram
posteriormente em decorrência da exposição da fumaça e da poeira do dia.
7. Nacionalidade das vítimas
Faleceram pessoas de 80 nacionalidades
diferentes. Do número total de mortos, 372 eram estrangeiros.
8. Certidões de óbito
2.749 certidões de óbito foram
emitidas, mas somente 1.585 vítimas tiveram seus corpos identificados.
9. Corpos intactos
Mesmo que 41% dos mortos nunca tenham
tido seus corpos identificados, 291 foram recuperados completamente intactos
nas Torres.
10. Cessar fogo
Todo o fogo causado pelas colisões só
foi completamente apagado dia 19 de dezembro de 2001, 99 dias após o atentado.
11. Limpeza
A limpeza da região só acabou em maio
de 2002, oito meses após os ataques.
12. Pentágono
O avião destinado ao Pentágono acertou
o alvo às 9h37min. De acordo com Coimbra, todas as pessoas que trabalhavam no
setor atingido pelo avião foram mortas, com exceção de uma única, que estava
viajando a trabalho. No entanto, essa pessoa também acabou morrendo, pois
coincidentemente, estava em um dos aviões sequestrados que colidiram nas
Torres.
13. Dia do Número da Emergência
Em 1987, o então presidente dos EUA,
Ronald Reagan, declarou a data 11 de setembro como o Dia do Número de Emergência,
com o intuito de chamar atenção para o número 911, usando para situações
emergenciais no País.
14. Departamento de Segurança Interna
Após os ataques, o governo dos EUA
criou o 15º departamento de Segurança Interna, de acordo com Coimbra. O setor
foi uma reorganização do governo, realocando alguns órgãos que estavam
dispersos em outros departamentos. O objetivo era facilitar o compartilhamento
de informações entre os órgãos.
15. Reunião para discutir ataques
terrorista
Em 11 de setembro de 2001, a empresa
proprietária do WTC tinha reunião agendada em uma das Torres para discutir o
que fazer em caso de ataque terrorista. O encontro foi remarcado no dia
anterior, entretanto, porque um participante não poderia comparecer. A informação
é do New York Times.
16. Atentado ao WTC em 1993
O WTC já havia sido alvo de atentado
em 1993. Na época, um veículo foi explodido no estacionamento subterrâneo do
complexo, deixando seis mortos e cerca de mil feridos. A intenção era derrubar
o prédio. De acordo com o portal alemão Deutsche Welle, os construtores do WTC
comemoraram, na época, que o complexo aguentaria até mesmo uma colisão com um
Boeing 707.
17. Prejuízo financeiro
Os danos causados pelos ataques
somaram um prejuízo de 60 bilhões dólares aos Estados Unidos.
Gabrielle Zaranza
O Povo Online
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