Polêmica
é o que não falta na Segundinha do estadual 2018. A
Comissão de Prevenção e Combate à Violência nos Estádios da Paraíba havia
recomendado aos clubes e à Federação Paraibana de Futebol a realização de cinco
jogos de portões fechados, ou seja, sem a presença de torcedores na primeira
rodada da segunda divisão do Campeonato Paraibano.
Porém,
alguns clubes não levaram a sério e comercializaram ingressos, e o torcedor se
fez presente em estádios com laudos vencidos e reprovados pelos órgãos de
segurança. Torcedores puderam ser vistos nos estádios Titão (Lagoa Seca),
Almeidão (João Pessoa) e Pereirão (Pombal).
Por
causa do descumprimento, o procurador do Ministério Público Valberto Lira
garantiu que acionará o Tribunal de Justiça Desportiva de Futebol da Paraíba
para que os dirigentes possam responder pelos atos.
–
Quem fez isso infringiu o Estatuto do Torcedor e como é uma Lei, alguém precisa
ser responsabilizado pelos atos cometidos. Nós fizemos a recomendação e mesmo
assim houve a desobediência. Infelizmente muito disso é reflexo do atual
momento que o futebol da Paraíba vive em nível de organização, mas não podemos
tolerar ou simplesmente achar isso normal – ressaltou Valberto.
Segundo
Lira, o MP-Procon – através do promotor Gualberto Bezerra – também será
acionado e um dos pedidos será para que, por causa do descumprimento, os clubes
fiquem proibidos de receber público em seus jogos até o final da competição.
Outro
detalhe, de acordo com Valberto, é que as entidades que destinam recursos
públicos a estes times também serão comunicadas do fato, para que possam suspender
o repasse destas verbas.
Caso
a celeuma não consiga ser resolvida em âmbito estadual, Lira garantiu que vai
até o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o que pode fazer com que
este caso se transforme em jurisprudência para outras competições em nível
nacional.
–
Se o caso não for resolvido na instância paraibana, com certeza levaremos o
caso ao Rio de Janeiro. O Estatuto do Torcedor existe, foi descumprido e quem
fez isso precisa ser responsabilizado – falou.
Procurados
para se pronunciar, Nacional de Pombal, Spartax e Sport-PB não responderam ao
contato.
Paraíba Online