A Polícia Civil do Rio
prendeu, na manhã desta terça-feira (18), em Guapimirim (Baixada Fluminense),
um homem suspeito de ser um miliciano. Segundo informações inicialmente
passadas pela 82ª DP (Maricá), ele é suspeito de envolvimento na morte da
vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista dela Anderson Gomes.
Em nota, porém, a polícia
disse que a prisão não está relacionada ao caso. No texto, a Polícia Civil
informou que o nome do preso é Renato Nascimento dos Santos, conhecido como
Renatinho Problema.
"A prisão deveu-se a um
mandado pendente em investigação de homicídio conduzida pela Delegacia de
Homicídios da capital, para onde será levado para prestar depoimento. O mandado
não é referente ao inquérito do caso Marielle e Anderson", diz a nota.
Contra Renatinho Problema,
há dois mandados de prisão preventiva (sem prazo): um por homicídio e outro por
associação criminosa expedidos em junho de 2016 e em julho deste ano,
respectivamente. Segundo o UOL apurou com uma fonte da Delegacia de Homicídios,
Renatinho Problema é suspeito de participação na morte de Marielle, mas não
está claro o papel dele no crime.
"O caso é sigiloso.
Posso dizer que ele [Renatinho Problema] é um dos líderes da quadrilha de
Orlando Curicica, [suspeito de ordenar a morte de Marielle]. A Delegacia de
Homicídios vai investigar essa ligação", disse a delegada Carla Tavares,
da 82º DP. Em junho, uma testemunha revelou na Delegacia de Homicídios que
Orlando Oliveira de Araújo, conhecido como Orlando Curicica, seria um dos
mandantes da morte de Marielle.
Ex-PM, ele nega as
acusações. Hoje, Curicia está detido em um presídio de segurança máxima por
suspeita de envolvimento em outro homicídio. Segundo a polícia, ele é
considerado líder de uma das milícias mais fortes do Rio. Em julho, um outro
ex-PM e um ex-bombeiro, que também são suspeitos de participação na morte de
Marielle, foram presos por outro crime. Os dois também são suspeitos de
integrar o grupo de Curicica. Operações na semana passada Na semana passada, as
investigações sobre as duas mortes, ocorridas em 14 de março deste ano, tiveram
novos desdobramentos.
Na quinta-feira (13), a
Polícia Civil do Rio cumpriu 15 mandados de prisão, busca e intimação em Nova
Iguaçu, Angra dos Reis, Petrópolis e Juiz de Fora (MG). Na ocasião, a polícia
alegou sigilo das investigações e não informou o total de detidos. No dia
seguinte, os alvos de busca e apreensão foram a casa e o gabinete do vereador
Marcelo Siciliano (PHS).
O político disse ser inocente e pediu que a
investigação seja transferida para órgãos federais, como a Polícia Federal.
Também na sexta-feira (14), foi publicada entrevista com o secretário de
Segurança do Rio, general Richard Nunes, na qual ele afirmou que Marielle foi
assassinada porque interferiu em interesses de milicianos sobre loteamento de
terras em regiões periféricas da capital fluminense.
Noticias UOL