Os
Correios buscam tornar a operação mais rentável e produtiva, depois de
prejuízos bilionários durante a crise. Por isso, anunciaram o fechamento de 161
agências em todo o país até julho deste ano.
O
atendimento deve ser absorvido por outras agências próximas, “sem prejuízo da
continuidade e da oferta de serviços e produtos”, afirma a estatal. A maior
parte dessas unidades ocupam imóveis alugados e os funcionários devem ser
transferidos para outras agências ou optar por mudar de atividade.
“A
iniciativa visa, dentre outros objetivos, assegurar maior produtividade e
garantir unidades rentáveis, sem comprometer, no entanto, a universalização dos
serviços postais”, diz a companhia em nota. Os Correios têm cerca de 11 mil
pontos de atendimento em todo o país e estão presentes em mais de 5.500
municípios.
A
empresa, que durante a crise de 2015 e 2016 acumulou prejuízos de 4 bilhões de
reais, busca enxugar a operação. Em 2017 fechou 250 agências e, no ano passado,
outras 41. A estatal também lançou um plano de desligamento voluntário (PDV) no
início do mês, com inscrições até julho, em que espera alcançar 7.300
funcionários.
Além
dos Correios, outras seis empresas estatais tiveram as propostas de PDV aprovadas
pelo Ministério da Economia, que devem resultar no desligamento de mais de 21
mil empregados e proporcionar economia de R$ 2,3 bilhões por ano.
Mais
do que mudar o tamanho da operação, os Correios estudam transformar sua
estrutura. O presidente Bolsonaro aprovou, em abril, um estudo para a
privatização da companhia.
Já
o Ministério da Ciência e Tecnologia, comandado por Marcos Pontes, tem
defendido maior reflexão sobre a estratégia para as empresas que estão sob sua
tutela, incluindo os Correios. Ele pede que a decisão seja baseada em fatos,
números e um plano de negócios bem estruturado, que leve em conta as
necessidades estratégicas do país, o retorno para o governo e principalmente a
garantia dos direitos dos servidores.
MSN Notícias
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