Werther Santana/Estadão |
A
Justiça de Suzano, região metropolitana de São Paulo, julgou procedente ação
contra um adolescente de 17 anos acusado de ajudar no planejamento do massacre
na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em março, que terminou com dez
mortos. A decisão, na prática, equivale à condenação do jovem, que ficará
apreendido por prazo indeterminado na Fundação Casa.
Segundo
o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o prazo limite de apreensão de
menores infratores no País é de três anos. O adolescente, de 17 anos, era tido
como “mentor intelectual” do massacre pela Polícia Civil, acusado de ter
estimulado G. T. M., de 17 anos, apontado como o líder do massacre, e Luiz
Henrique de Castro, de 25 anos, o outro atirador, a agirem no massacre. Eles
assassinaram oito pessoas e depois se mataram.
Durante
as investigações, a Polícia Civil e o Ministério Público Estadual informaram
ter encontrado mensagens de WhatsApp entre o adolescente e os agressores
falando do ataque. O rapaz também havia manifestado desejo de cometer um crime
dessa natureza a uma professora, que primeiro o denunciou à polícia.
A
Polícia Civil ainda investiga os motivos de o rapaz não ter participado
efetivamente do ataque. Ele chegou a comprar coturnos com os rapazes que
cometeram os assassinatos.
Além
de deter o adolescente, a Polícia Civil prendeu Geraldo de Oliveira Santos, de
41 anos, suspeito de ter fornecido o revólver calibre 38 usado no massacre, e
Cristiano Cardias de Souza, o Cabelo, de 47 anos, que teria intermediado a
venda da arma. Dois homens que teriam intermediado a venda das munições também
respondem processo judicial.
MSN Notícias