A Promotoria de Justiça de Cuité instaurou um inquérito
civil público para averiguar a existência de esquema de 'rachadinha' em auxílios
sociais pagos pela Prefeitura de Sossego e apurar notícia de fato de que
pessoas de baixa renda estão sendo obrigadas a prestar serviços gerais em órgãos
do município, em troca dos benefícios.
Conforme explicou o promotor de Justiça Dennys
Carneiro Rocha dos Santos, a promotoria recebeu informações anônimas de que
esses fatos estariam acontecendo e de que beneficiários de auxílios sociais da
Prefeitura estariam prestando serviços gerais no Conselho Tutelar de Sossego,
em escolas do município e também no Centro de Referência em Assistência Social
(CRAS). A denúncia diz ainda que os beneficiários eram obrigados a trabalhar
por 30 dias para ganhar o auxílio social que, após ser repartido com outras
duas ou três pessoas, não ultrapassava R$ 300,00.
O fato levou a Promotoria a notificar a Prefeitura
para que enviasse a lista de todos os beneficiários do serviço social que
recebem valores do Município, bem como todos os nomes dos funcionários que
prestam serviços sem ser concursado ou comissionado. O Conselho Tutelar de
Sossego também foi notificado para informar os dados das pessoas que prestam
serviços gerais na unidade.
Diário do Sertão
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