A
PF (Polícia Federal) prendeu em Maputo, capital de Moçambique (África), nesta
segunda-feira (13), o traficante Fuminho, um dos líderes do PCC e considerado o
criminoso mais procurado do Brasil. A informação foi confirmada ao jornalismo
da Record TV e reforçada, em nota, pelo Ministério da Justiça.
"A
Polícia Federal prendeu em Moçambique (África), nesta segunda (13/4), Gilberto
Aparecido dos Santos, foragido há 21 anos. Conhecido como Fuminho, o traficante é considerado um dos líderes do
PCC e está na lista do Ministério da Justiça e Segurança Pública como um dos
criminosos mais procurados do Brasil", diz o comunicado.
No
momento da prisão, Fuminho estava em um condomínio da capital moçambicana. O
suspeito foi capturado por meio de uma ação conjunta da PF com o DEA (Órgão de
Combate às Drogas, na tradução do inglês), do Departamento de Justiça dos EUA,
e a polícia do país africano.
As
investigações da PF apontam que Fuminho é o braço-direito de Marcos Willians
Herbas Camacho, o Marcola, que é considerado o chefe supremo do PCC. Ele estava
foragido das autoridades brasileiras há 21 anos.
Atualmente
com 49 anos de idade, Gilberto Aparecido dos Santos já constituiu um advogado
para defendê-lo das acusações de tráfico de drogas e homicídio, por exemplo.
Fuminho
foi denunciado à Justiça como o reponsável por mandar matar Rogério Jeremias de
Simone, Gegê do Mangue, e Fabiano Souza, o Paca, em fevereiro de 2018 em
Aquiraz, na região metropolitana de Fortaleza. Parte da cúpula do PCC, a dupla
era suspeita de desviar dinheiro da organização criminosa
Trajetória
no crime
Fuminho
é o responsável pelo fluxo de dinheiro e da logística necessária para o tráfico
internacional de drogas na região da Bolívia e Paraguai. É uma espécie de sócio
de Marcola.
A
carreira no crime ganhou relevância quando escapou da Casa de Detenção, no
Carandiru, em São Paulo em janeiro de 1999. Desde então, era procurado pela polícia
brasileira.
Em
abril de 2019, Fuminho teria dado o aval para membros da facção criminosa fazer
o resgate de Marcola do Presídio Federal de Brasília. Dois aviões e um helicóptero,
que seriam caracterizados como da Polícia Militar de São Paulo, seriam usados
no plano.
O
plano foi descoberto por agentes na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau,
conhecida como P2 de Venceslau (a cerca de 610 km de São Paulo), que flagraram
anotações de membros do PCC.
Apontado
como líder máximo da facção criminosa, Marcola saiu da P2 de Venceslau no começo
de 2019 para ir à penitenciária federal de Porto Velho. Um mês depois, foi
novamente transferido, desta vez para a federal de Brasília.
Record TV