A ingratidão humana, por Verinaldo Costa

“Se o ingrato percebesse o fel da amargura que lhe invadirá, mais tarde o coração, não perpetuaria o delito da indiferença”. (Emmanuel)

A ingratidão é um sentimento, que sempre foi pautada, estudada, analisada, questionada, por psicólogos, psiquiatras, religiosos, filósofos, entre outros profissionais, no sentido de compreender, e consequentemente ajudar estas pessoas, que detém este sentimento.

Fazer o bem aos outros é muito importante, é saudável para a alma, alimenta o coração, estimula a virtude, aumenta a autoestima, ajuda a sentir-se útil.   Por isso, jamais permita que a ingratidão por parte de alguém faça com que desanime, desista, se contamine por ressentimentos, magoas, ou pare de ajudar outras pessoas. Lembre-se sempre que cada indivíduo é único e não é porque um foi ingrato que todos os outros serão. Sempre tem espaço para mudança interior, basta que movido pela reflexão, possa se transformar, em pessoa melhor.

Medite que você estava passando por um momento turbulento, escuro, sem rumo, sem projetos, na sua vida. Seus amigos e seus familiares como sempre lhe estenderam a mão, ajudando-o a passar por toda as tristezas, as magoas, os ressentimentos, os questionamentos, as inseguranças, que você estava enfrentando. Neste sentido, você sente que deve, pelo menos, agradecer essas pessoas por terem disponibilizado tempo, atenção, carinho, respeito, entre outras virtudes, para ajudá-lo, seria o obvio.

Embora esse seja o comportamento que muitas pessoas teriam, outras poderiam simplesmente continuar vivendo, sem valorizar a ajuda que receberam. Ou pior: começariam a destratar as pessoas que estavam ao lado dela a todo instante. Se você nunca conheceu alguém que fizesse isso, talvez você seja essa pessoa. Sem muito esforço, na pratica do dia a dia, percebemos constantemente, o mundo que o rodeia, esta contaminado por gente assim, infelizmente.

A ingratidão é uma atitude definida pela falta de reconhecimento, em qualquer dimensão da vida, por não perceber o esforço de outra pessoa. É deixar de agradecer alguém que fez muito ou pouco por você, ou recusar que existem razões para agradecer pela vida, pelos os dons, pelas virtudes   que você tem. Por mais inofensiva que a ingratidão pareça para algumas pessoas, ela pode ser muito prejudicial.  Ela corrói, destrói, inquieta, faz pensar em revidar, todavia, neste momento a racionalidade deve ser mais forte, e perceber que ressentimentos, magoas, não ajuda em absolutamente a nada.   

Finalmente, percebemos que um dos motivos, entre vários, pelas quais as pessoas odeiam umas às outras é o fato de não serem reconhecidas nem valorizadas pelos seus empenhos e esforços. São várias as consequências negativas da ingratidão. Ela causa uma dor emocional e psicológica imensa. Nossa autoestima fica abalada, ficamos arrasados, como se não tivéssemos valor e significássemos nada para aquela pessoa. Sentimo-nos usados e tolos; desapoiados e desrespeitados. Cabe, neste contexto, uma autocritica, espantar os maus sentimentos, cultivar a pratica do bem, e concluir, que independente, de reconhecimento ou não, fazer o bem sempre vale a pena.


Verinaldo Costa, Professor

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