A Anvisa aprovou um pedido feito pela Fiocruz para importação excepcional de 2 milhões de doses da vacina produzida pela Universidade de Oxford em parceria com o laboratório AstraZeneca.
No dia 23 de outubro, a Anvisa já tinha autorizado a importação de 6 milhões de doses da CoronaVac, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e testada no Brasil em parceria com o Instituto Butantan.
No pedido feito pela Fiocruz, a indicação é que as vacinas cheguem ao país ainda em janeiro. A importação é considerada excepcional porque o imunizante ainda não foi submetido à autorização de uso emergencial ou registro sanitário.
Segundo a agência, a aprovação ocorreu no dia 31 de dezembro de 2020, mesmo dia que o pedido de importação foi protocolado pela Fiocruz — que é a responsável pela produção da vacina.
Ainda de acordo com a Anvisa, por se tratar da importação de vacina que ainda não foi aprovada no país, a entrada do material no país deve seguir algumas condições. O principal deles, diz a agência, que as vacinas importadas fiquem sob a guarda específica da Fiocruz até que a Anvisa autorize o uso do produto no país.
Na sexta-feira, a Anvisa afirmou
que terminou a análise dos documentos já apresentados pela AstraZeneca sobre a
vacina. Na prática, isso quer dizer que a agência "está em dia" com o
que foi apresentado até agora.
A vacina de Oxford
Estudo publicado e revisado na revista científica "Lancet" diz que a vacina de Oxford tem eficácia média de 70% e é segura. Os testes ocorreram em diversos países, inclusive no Brasil. Como vantagem, a tecnologia usada pelo imunizante é de produção, armazenamento e distribuição consideradas mais fáceis.
No fim de dezembro, o Reino Unido e a Argentina autorizaram o uso emergencial da vacina de Oxford. Saiba mais sobre a vacina de Oxford abaixo:
A vacina teve 90% de eficácia
quando administrada em meia dose seguida de uma dose completa com intervalo de
pelo menos um mês, de acordo com dados de testes no Reino Unido.
Quando administrada em 2 doses
completas, a eficácia foi de 62%.
A análise que considerou os dois
tipos de dosagem indicou uma eficácia média de 70,4%.
Para chegar aos resultados, os
pesquisadores analisaram os dados de 11.636 pessoas vacinadas. Dessas, 8.895
receberam as duas doses completas, e 2.741 receberam a meia dose seguida de uma
dose completa.
Cerca de 88% dos voluntários
analisados (10.218) tinha de 18 a 55 anos de idade.
Nenhum participante com 56 anos
de idade ou mais recebeu a meia dose seguida da dose completa, que tiveram
maior eficácia
A eficácia da vacina nos
participantes acima de 56 anos não foi avaliada, mas será determinada em
análises futuras.
Pesquisadores investigam o
potencial da vacina para prevenir casos assintomáticos da Covid-19.
G1