A vida que Jesus Veio Trazer, por Abdias Campos

A vida que Deus nos propõe dar por Seu Filho Jesus é tão pura e tão boa que ficamos perplexos por saber que muitos ainda não têm dado a chance a si mesmos de conhecê-la, recebê-la, tê-la, mesmo o Senhor lhes enviando insistentemente o chamado para adentrarem os amplos cômodos do Reino de Deus pela Palavra anunciada.

“Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens, ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, justa e piamente” (Tito 2.11-12 | ARC).

A graça de Deus é o Seu amor que nos salva, que nos mantêm unidos a Ele, que nos abençoa com todas as bênçãos e que nos santifica. Essa graça já foi manifestada, esperando a entrada de muitos que ainda permanecem fora. A graça se apresenta trazendo salvação a todos os homens: “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens”. Então, a pessoa diz: “Se a graça manifestada trouxe salvação a todos os homens, trouxe-a também a mim. Logo, eu já sou salvo; posso viver do meu jeito, pois eu já sou salvo”. Será que esse pensamento está de acordo com a Palavra escrita?

Compreenda que a salvação gera compromissos. É como um casamento, que traz benefícios e compromissos, como está escrito nesse texto bíblico que estamos estudando. Preste atenção ao que segue essa primeira parte do texto em estudo. A graça traz a salvação e os seus compromissos inseparáveis, para que a comunhão da salvação seja real na vida do salvo. A graça, que traz a salvação, traz também ensinamentos geradores de comportamentos inerentes ao Reino, consciência de uma nova vida. Veja a segunda parte do texto: “Ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, justa e piamente”.

Vamos nos ater um pouco mais nessa segunda parte para que haja maior clareza no conhecimento da salvação. Há, na salvação, uma mudança completa de vida; uma vida nova nos é dada. A graça de Deus, que foi manifestada com a vinda do Senhor Jesus, nos trouxe a salvação. No momento em que aceitamos o Senhor Jesus como Salvador, e O confessamos como o nosso Senhor, somos salvos. A graça então estabelece na salvação a necessidade de transformação do novo ser, através da renúncia à impiedade: renunciando à impiedade”. A impiedade é o modelo de vida do mundo, mas não do Reino. Dentre tantos significados da palavra impiedade está incredulidade. É impiedade não crer; a pessoa não se submete ao modo de salvação bíblico e assim estabelece para si um modelo próprio, por meio da tradição religiosa na qual nasceu ou optou viver. Se há opção própria do modelo de vida, não há renúncia. Enfim, a impiedade consiste de forma ampla no desrespeito aos princípios de Deus, estabelecidos na Palavra. Os ensinos do Senhor Jesus são sagrados; não praticá-los é cometer impiedade. Portanto, o caráter do salvo é renunciar o modo do não salvo, no qual as decisões e escolhas estão na própria pessoa. O salvo renuncia o seu modo para viver o de Deus, porque todo modo de vida anterior desrespeita a Palavra do Senhor. É a partir do novo nascimento que se é salvo e se ganha uma vida nova, uma nova consciência vivida. Não há como o não salvo conseguir por si mesmo a salvação, e transformar-se em outro ser, pois esse poder está no Senhor Jesus. Somente quando nos convertemos é que esse poder começa a operar em nós.

A renúncia aos desejos mundanos é exigência de Deus: “renunciando [...] às concupiscências mundanas”. Essas incluem comportamentos e vícios de toda ordem: bebedices, drogas, roubo, corrupção, mentiras, arrogância, egoísmo, vaidade, jogos de azar, sensualidade, sexo fora do casamento, desrespeito, adultério, prostituição, promiscuidade, imoralidade, homossexualismo, desamor, crendice, misticismo, superstição, feitiçaria, bruxaria, desonra, brutalidade, contenda, fofoca, murmuração, malícia e outras infinidades de coisas concernentes ao mundanismo. Essas coisas destroem famílias e vidas, levando à pessoa a condenação eterna.

Por fim, “vivamos neste presente século sóbria, justa e piamente”. Sim, vivamos de modo austero nos princípios bíblicos, equilibrados no Senhor, cumprindo a justiça de Deus estabelecida na salvação, respeitando ao Senhor através de uma vida casta e temente aos fundamentos do Reino, livres do mal e alegres com a vida que o Senhor Jesus nos trouxe. Sejamos felizes no Senhor. Amém. Glória a Deus. Aleluia.


Na alegria do Senhor, que é a nossa força,

Abdias Campos, servo do Deus vivo

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem
Amparo Ligado