Onde Você Está Agora? Por Abdias Campos

Quando a Bíblia diz que “o mundo está no maligno” (1João 5.19 | ARC), não fala da terra criada por Deus, e sim da estrutura que o homem pecador estabeleceu sobre ela para viver como senhor de si mesmo, em desobediência a Deus. Essa estrutura comportamental do homem é estabelecida por ele mesmo como fundamento da vida sem o senhorio do Criador dela. Tal conduta se comprova facilmente quando o homem declara: “A vida é minha; eu faço dela o que quiser”. Entretanto, a vida é de Deus, não do homem; por isso, ao tomar tal decisão, o homem sofre, não sabendo o que fazer da vida. Assim, aquilo que é caracterizado como mundo, ou vida mundana, não aceita a santidade do Senhor nem o Seu senhorio, porque o ser humano, sem obediência a Deus, decide que tudo gira segundo as normas da sua vontade pecadora.


“Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência [desejo desenfreado] da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo” (1João 2.16 | ARC).


O que é do mundo não é do Pai. O que é do Pai não é do mundo. A verdade fica claramente colocada nesse versículo bíblico. Então, tudo o que há no mundo não vem de Deus, não tem direção do céu, mas do mundo. O desejo da carne e dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.


“A concupiscência da carne” equivale aos desejos desenfreados do homem para satisfazer o seu ser carnal, não o espiritual. Esse desejo é criador e mantenedor de suas próprias obras, obras pecadoras, as quais se opõem ao Reino de Deus e são identificadas como: prostituição, impureza, sensualidade, idolatria, feitiçarias, inimizades, teimas, rivalidades, iras, guerras, conflitos, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a essas, como está escrito em Gálatas 5.19. Essa é a base estrutural do mundo; é nela que o mundo se fundamenta. O homem mundano vive sobre essa base e nela se estabelece, longe do Senhor Jesus. Quando nós falamos do mundo, falamos dessa estrutura, não da terra. É por essa estrutura que o homem mundano se guia, e sofre demasiadamente. No final é condenado. Mas, o Senhor quer salvá-lo.


“A concupiscência dos olhos” consiste na atração do homem por coisas más. Sua visão está sob a escuridão das trevas; não admite a luz da Palavra de Deus, porque esta descobre suas obras más. O homem mundano olha a mulher como objeto de desejo carnal e trabalha para concretizá-lo em suas fantasias pecadoras, longe da santidade do Senhor. A mulher mundana age da mesma forma em relação ao homem. O patrão mundano vê no empregado uma fonte de energia a ser sugada em proveito próprio; não o considera como irmão. Por sua vez, o empregado mundano vê o patrão como um ser nocivo e almeja lhe causar prejuízo, mesmo saindo dali a sua fonte de renda. O político mundano enxerga no povo um alvo a ser enganado e lhe fala mentiras; não o respeita como igual. O amigo mundano atenta para a amizade como um lugar de onde pode tirar algum proveito. Assim segue a humanidade sem Cristo. Essa é a visão do mundo, a visão da concupiscência dos olhos.


“A soberba da vida” é identificada pelos frutos da vaidade, da opulência, dos apegos aos manjares da mesa do rei deste mundo, das conquistas materiais, da beleza física, da fama, das riquezas segundo o mundo. Por conta de tudo isso se exerce a vingança, o desejo e a realização da morte, da destruição, da traição, da mentira, do engano, do roubo, da corrupção, da falsidade, numa linha contínua de um contra o outro.


Toda essa estrutura maligna, que consiste nas inspirações do diabo sobre o homem sem obediência a Deus, é o que a Bíblia chama de mundo ou vida mundana. Onde você está?


Ao receber o Senhor Jesus como seu Senhor e Salvador, o homem recebe também a lavagem da regeneração; recebe uma nova vida; recebe a purificação dos pecados, a salvação da alma. Pela Palavra, vai se renovando dia após dia à imagem do Senhor Jesus, vivendo sob outras e melhores regras no Reino de Deus, livre do mal. Onde você está agora? Tenha fé. Há um lugar no Senhor para você. Confie. Amém.


Na alegria do Senhor, que é a nossa força,

Abdias Campos, servo do Deus vivo

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