Hospital de Trauma de Campina Grande ultrapassa capacidade máxima e chega a 105% de ocupação

O Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande, chegou nesta terça-feira (31) a 105% de ocupação, com 310 pacientes para 298 leitos oficiais disponíveis. A maioria dos casos é de acidentes, que são a especializade da unidade, mas a direção alerta que até casos de arboviroses estão sendo direcionados para lá.

Conforme o diretor do hospital, Sebastião Viana, a superlotação vem acontecendo porque o hospital tem atendido casos que não eram para serem transferidos para o Trauma.

“Nós temos um sistema de regulação chamado Núcleo Interno de Regulação, onde o hospital que está equidistante manda a regulação até o hospital, nos referindo para uma patologia como se fosse do Hospital de Trauma, quando chega aqui o paciente ele não é referência do Hospital de Trauma. Uma vez que o paciente estabiliza no hospital, por omissão de socorro a gente tem que alocar esse paciente na nossa unidade; muitas vezes não consegue fazer a contra referência”, explica.

Segundo ele, a abertura de mais leitos na unidade também não é possível. Durante o período pandêmico, só foi possível expandir o número de leitos disponíveis porque o número de atendimentos por acidentes de trânsito eram praticamente zero

Ainda conforme Sebastião, muitos hospitais alegam que não tem estrutura e por isso, transferem para o trauma. Quando isso acontece, o Hospital Municipal Dr. Edgley Maciel e o Hospital Pedro I estão oferecendo suporte.

Mas, ele pede que atendimentos como o de pessoas acamadas, não sejam enviados para a unidade de referência em traumatologia.

“Se nós não atendermos nossos casos, que são referência só e somente só do hospital de trauma, nós vamos viver uma nova pandemia que é o aumento dos acidentes de trânsito e número de casos que não são de patologia do hospital”, disse.


G1 PB 

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