O Ministério Público Federal (MPF) abriu investigação contra o pré-candidato Antônio Cristóvão Neto, conhecido como Queiroguinha, filho do atual Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, por suposto crime de tráfico de usurpação de função pública e tráfico de influência. O caso ganhou repercussão nacional após reportagem de O Globo, apontando que ele estaria se apresentando em agendas oficiais do governo como representante da pasta comandada pelo pai.
De acordo com a assessoria do MPF, o procedimento foi aberto nesta terça-feira (14), após o órgão receber, por meio da Sala de Atendimento ao Cidadão, uma representação solicitando averiguação e devidas providências acerca de suposto cometimento dos crimes de usurpação de função pública e tráfico de influência, sem prejuízo de apuração referente a eventuais ilícitos penais e atos de improbidade.
Ainda segundo o MPF, a denúncia foi analisada pelo procurador distribuidor, que determinou a instauração de notícia de fato e respectiva distribuição para ser apurada. De início, o suposto fato deve ser averiguado por gabinete com atuação criminal geral, o qual avaliará o cabimento de eventual encaminhamento à Procuradoria Regional Eleitoral.
O caso
De acordo com a reportagem de O Globo, mesmo sem exercer cargo público, o estudante de Medicina, Antônio Cristovão Neto, de 23 anos, tem representado o pai, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, nas agendas oficiais pela Paraíba. Queiroguinha, como é mais conhecido, é pré-candidato a deputado federal pelo PL, partido do presidente Jair Bolsonaro.
Além de intermediar a ida de prefeitos ao Ministério da Saúde para tratar da liberação de recursos, Queiroguinha tem se apresentado como representante do governo federal em algumas agendas no estado, chegando a discursar ao público presente.
Jornal da Paraíba
