Após primeiro turno, Bolsonaro cita inflação e diz ver 'vontade de mudar por parte da população'


O presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, afirmou neste domingo (2) que vê no resultado do primeiro turno uma "vontade de mudar por parte da população".

Bolsonaro creditou o resultado das urnas ao impacto da inflação na popularidade do governo. O presidente aparece atrás do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a disputa de segundo turno.

"Eu entendo que tem muito voto que foi pela condição do povo brasileiro, que sentiu o aumento dos produtos. Em especial, da cesta básica. Entendo que há uma vontade de mudar por parte da população, mas tem certas mudanças que podem vir para pior", disse.

"A gente tentou durante a campanha mostrar esse outro lado, mas parece que não atingiu a camada mais importante da sociedade", completou.

A confirmação de que haverá segundo turno foi anunciada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) às 21h25, quando 96,93% das urnas já tinham sido apuradas. Àquela altura, Lula tinha 47,85% dos votos válidos, e Bolsonaro 43,7%.

"Temos um segundo turno pela frente onde tudo passa a ser igual, o tempo [de propaganda] para cada lado passa a ser igual. E vamos agora mostrar melhor para a população brasileira, em especial a classe mais afetada, que é consequência da política do 'fica em casa, a economia a gente vê depois', de uma guerra lá fora, de uma crise ideológica também", disse Bolsonaro.

Durante a entrevista, Bolsonaro confirmou que pretende ir aos debates de segundo turno – os compromissos também foram citados por Lula. "A gente vai continuar participando desses eventos para a gente convencer as pessoas qual o melhor lado para eles", disse Bolsonaro.

O candidato à reeleição também fez projeções para a bancada de seu partido, o PL, na Câmara dos Deputados. O cálculo total das vagas só deve ser concluído pela Justiça Eleitoral na madrugada desta segunda (3).

"Tudo indica que o nosso partido fez um quinto da Câmara, 20%. Isso é bastante. Partido sai na frente para disputar cargos na Mesa [Diretora] no ano que vem. Temos isso a nosso favor", disse.

"A minha eleição arrastou um monte de gente [...] Esse pessoal que está chegando agora me conhece melhor e, no meu entender, ajudarão a gente a aprovar certas medidas, como a reforma tributária", projetou Bolsonaro a respeito de um eventual segundo mandato.

Questionado sobre a campanha de segundo turno, Bolsonaro afirmou que permanece em Brasília nesta segunda, mas já tem reunião marcada em Belo Horizonte – o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), foi reeleito em primeiro turno e tem bom relacionamento com o presidente.

com G1

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