Deus não é Deus de confusão. Portanto, é pertinente
que não haja dúvida quando a Palavra for pregada, para que os ensinamentos do
Senhor sejam bem entendidos.
“A ninguém devais coisa
alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama
aos outros cumpriu a lei” (Romanos 13.8 |
ARC).
Na semana passada trouxemos uma mensagem da parte
do Senhor sobre não pedir emprestado e não dever nada a ninguém. Aprouve ao
Espírito Santo de Deus que em nós habita nos conduzir a outra mensagem, desta
feita tratando do mesmo assunto, mas agora especificamente sobre: “A ninguém
devais coisa alguma”.
O ponto crucial dessa questão é entender a ordem de
não se fazer devedor de coisa alguma, para que o nosso testemunho resplandeça
límpido. Alguém pode achar a ordem de difícil execução. Pode justificar que, de
alguma maneira, todos devem, tomando, por exemplo, a questão do aluguel da sua
própria morada. Tomemos, então, esse caso do aluguel para a nossa compreensão.
Se a pessoa alugou uma casa e o vencimento do aluguel foi acordado para o dia 5
de cada mês, então até o dia 5 do mês, a pessoa não deve. Entretanto, se, ao
chegar o dia 5 do mês, ela não pagar, então no dia 6 se tornou devedora, saiu
da ordem divina de: “A ninguém devais coisa alguma”, porque
passou a ser devedora após não cumprir o compromisso assumido. Sabemos que, por
qualquer eventualidade, a pessoa deve buscar antecipadamente uma negociação
para não entrar no grupo dos devedores. Antes da data do pagamento de qualquer
coisa, ninguém pode acusar ninguém de estar lhe devendo. Pode falar de um
compromisso entre eles, mas não de uma quebra do mesmo.
Assim é com os impostos e até mesmo com alguma
coisa comprada a prazo ou com o uso do cartão de crédito. No caso de compras a
prazo, por cartão ou outra modalidade, melhor é não comprar, para não correr o
risco de não cumprir o compromisso. Contudo, se alguém comprar a prazo ou usar o
cartão de crédito, é prudente que tenha a garantia do dinheiro para a data do
vencimento, de preferência já tendo esse recurso disponível em algum lugar, por
exemplo, numa poupança ou em algo que lhe assegure o pagamento antes de se
tornar devedor. O bom é jamais comprar a prazo, principalmente se as condições de
que você dispõe não lhe garantem seguramente o recurso naquele dia aprazado. “A
ninguém devais coisa alguma.” Ouçamos o que o Senhor Jesus ordena: “E,
se tua mão te faz tropeçar, corta-a; pois é melhor entrares maneta na vida do
que, tendo as duas mãos, ires para o inferno, para o fogo inextinguível”
(Marcos 9.43 | ARA).
Se você se encontra atualmente na condição de
devedor, ore a Deus, em nome de Jesus. Apresente a Ele o seu pleito, rogue para
que Ele o ajude a sair dessa incômoda situação e jamais volte a ela. Andando continuamente
na Palavra, nada lhe faltará – nada.
A disciplina imposta a você por você mesmo, por
respeito à Palavra de Deus, só manterá a sua vida em paz, livre de preocupações.
Aquilo que parece socorro hoje pode se tornar tormento amanhã. O que parece trazer
liberdade agora pode mais tarde encerrá-lo na prisão do desespero. Fique onde
está e comece a resolver com o Senhor, que o ajudará a sair daí, porque um
abismo chama outro abismo. Se você tem um real, compre o que for equivalente a
um real e dê glória a Deus por isso. Se Deus lhe concedeu um milhão, compre somente
o que vai até um milhão e glorifique o nome do Senhor, porque dEle são a
sabedoria e o poder.
A cautela o levará à obediência à Palavra: “A
ninguém devais coisa alguma”. Em 1Samuel 15.22, está escrito que é
melhor obedecer do que sacrificar. Se é melhor, é melhor. Por que, então, vou
desobedecer? Vamos zelar por aquilo que nos chega às mãos pelas mãos de Deus e
ser gratos a Ele por isso. Assim, veremos o multiplicar do Senhor em nossa vida,
suprindo as nossas necessidades e não as nossas vontades carnais de consumo. Ainda
que passe por algum aperto, segure no Senhor e não entre em outro abismo. Ele o
tirará desse emaranhado.
A prudência é o termômetro da sobriedade e da
renúncia. É sempre bom questionarmos a nós mesmos diante do desejo de adquirir ou
de fazer alguma coisa. Para que eu quero isso? É da vontade do Senhor que eu
tenha ou faça isso? Há recurso disponível para o que eu quero? Eu já orei
acerca desse projeto? Eu já tenho resposta do Senhor Jesus?
Bem, a prudência nos ajudará a decidir corretamente,
junto com o temor do Senhor e a fé nEle. Desse modo, agiremos tranquilos e sobriamente
seguros, tendo paz permanente. Se o Senhor quiser, eu quero; se o Senhor não
quiser, eu também não quero, está resolvido. Que Deus o abençoe abundantemente
em entendimento e obediência, porque as demais coisas lhe serão acrescentadas.
Amém.
Na
alegria do Senhor, que é a nossa força,
Abdias
Campos, servo do Deus vivo
