Quando
não se sofre a sã doutrina, ou seja, quando não se recebe integralmente do
Senhor os ensinamentos de uma vida verdadeiramente remida, salva, liberta,
facilmente Jesus é deixado para trás. Há discípulos que preferem levar a vida adiante
através de andanças de curto alcance e fim; não ousam caminhar à vida eterna com
Jesus. Parece pesada a caminhada, mas não é. Assim, deixam de ser discípulos.
Então, escolhem um faz-de-conta e se ligam a isso, e dizem que está tudo bem,
mas não está. Se a vida carnal sob os preceitos do mundo não for morta, o que
passa disso é apenas uma cena, um ato, um teatro sem efeito eterno.
“Muitos, pois, dos seus discípulos, ouvindo
isso, disseram: Duro é este discurso [pregação]; quem o pode ouvir?
Sabendo, pois, Jesus em si mesmo que os seus discípulos murmuravam a
respeito disso, disse-lhes: Isto vos escandaliza?” (João 6.60-61
| ARC).
Nesse
mesmo contexto, o Senhor Jesus diz ainda aqui em João 6: “O espírito é o que vivifica, a carne
para nada aproveita; as palavras que eu vos disse são espírito e vida. Mas
há alguns de vós que não creem” (João 6.63-64a | ARC). Quando você crê, renuncia. Quando
você crê, é transformado. Quando você crê, paga o preço de se separar do mundo.
Deixa os aplausos, os falsos elogios, a vaidade, o orgulho. Quando não, deixa
Jesus.
“Desde então, muitos dos seus discípulos tornaram
para trás e já não andavam com ele” (João 6.66 | ARC). Não
foram todos, mas muitos O deixaram. Não suportaram a sã doutrina. Hoje em dia,
há uma forma velada de deixar Jesus: andar enganado, dizendo-se dEle, mas
fazendo o oposto dos Seus ensinos; participando de todos os rituais de costume
no templo, mas fechando os ouvidos para a essência santa.
Quando o Senhor Jesus perguntou aos discípulos que
ficaram se eles não queriam se retirar também, Pedro responde por todos: “Respondeu-lhe,
pois, Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da
vida eterna, e nós temos crido e conhecido que tu és o Cristo, o Filho de Deus”
(João 6:68-69 | ARC). Uma boa pergunta para fazermos a nós mesmos é: “Se não
for o Senhor, PARA QUEM IREMOS NÓS?” A Palavra da vida eterna está em Jesus.
Entretanto, não basta saber; tem que crer. Não basta crer; tem que conhecer,
ter intimidade.
A nossa decisão deve estar formada no coração,
aconteça o que acontecer. É tão simples e tão profundo que não permite qualquer
faz-de-conta religioso. Um bilhão de dizeres diários, como: “A paz do Senhor,
irmão”, “Graça e paz” não valerão, sem renúncia da vida anterior.
Ser escolhido por Cristo requer dar frutos, frutos de justiça que permanecem
para a vida eterna. Para dar frutos, também decidimos escolhê-lO. Para escolhê-lO,
renunciamos à nossa vida para viver a vida dEle em nós. Não há outro mapa, não
há outro roteiro, não há outra Bíblia, não há outro caminho, não há outro Senhor.
A pregação de Jesus é a nossa pregação. Fomos
ordenados a fazer as mesmas coisas que Ele faz: sim, se for sim; não, se for
não. Passando disso, saímos dos ensinamentos do Senhor e entramos nos
ensinamentos do maligno. Não se pondera a Verdade; a Verdade se prega e se
vive. Se pela pregação da Palavra alguns se retiram, pregue a Palavra, pois outros
ficarão. Esses que ficarem necessitam da Palavra pura para serem conduzidos à
vida eterna. Amém. Glória a Deus.
Na
alegria do Senhor, que é a nossa força,
Abdias
Campos, servo do Deus vivo