Por esses
dias, o Espírito me levou a parar um pouco e me mostrou uma pessoa tentando
pregar a Palavra de Deus dentro da religião dos homens, tentando falar a
linguagem da fé dentro das tradições humanas. Mantinha uma Bíblia aberta, mas
não havia intimidade na leitura. Não se concluía o texto, nem o contexto da
Verdade aparecia; não havia revelação. Observei que as palavras saíam sem
convicções, as quais não apontavam uma direção; não se firmavam na Palavra. Não
havia unção, não havia a presença de Deus, o Espírito não se manifestava ali. Então,
fui levado a lembrar que a fé é e vem pelo ouvir e o ouvir (obedecer) pela
Palavra de Deus, como está escrito em Romanos 10.17. Naquela cena, ficou
evidente essa situação, pelo fato de que havia ao seu lado, um pouco atrás,
como guarda de proteção, uma imensa imagem. Ora, se houvesse fé, não haveria
aquela imagem. Não haveria nada que confrontasse as instruções da Palavra de
Deus, que diz: “Não farás
para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus” (Êxodo 20.4a | ARC). A ordem é clara e
declara que nada dos céus pode, por imaginação do homem, ser representado por
imagem na terra.
Entretanto,
o cenário era propício para a ilusão dos que buscam o céu na terra. Ambas vestiam
roupas parecidas: compridas, envolvidas de símbolos, numa aparente atmosfera
celestial. Contudo, as palavras não chegavam ao espírito do homem; os que as ouviam
estavam mornos; não estavam sendo transformados, não havia reação, não eram
mexidos no interior. Por isso, as Escrituras descrevem e sentenciam sobre as
imagens e os seus seguidores: “Têm
boca, mas não falam; têm olhos, mas não veem; têm ouvidos, mas não ouvem; nariz
têm, mas não cheiram. Têm mãos, mas não apalpam; têm pés, mas não andam; nem
som algum sai da sua garganta. Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem
e todos os que neles confiam” (Salmo 115.5-8 | ARC).
As pessoas estavam apagadas; não havia luz. Era como o
exército de mortos de Ezequiel 37. Não havia vida até que Deus ordenou a
Ezequiel que profetizasse a vinda do ESPÍRITO dos quatro ventos e soprasse
sobre aqueles corpos. Quando o Espírito entra na vida do ser humano, o homem que
recebe Jesus como Senhor e Salvador tem a sua vida acesa; há luz, há força, há
poder, há unção, há revelação.
Estavam
falando do Senhor, mas não nasceram de novo; então, não se tornaram novas
criaturas. São as mesmas criaturas de sempre; não foram transformadas. Continuam
nas mesmas tradições dos pais e conservam-se aí. Não aceitam ser escolhidas do
Senhor Jesus, mas escolheram o seu próprio caminho e são iludidas de que o
Senhor irá com elas.
Continuam
ouvindo os que não entram no Reino e nem deixam entrar os que querem entrar.
Preste atenção no que o Senhor Jesus está falando para os religiosos e para aquele
que os ouve: “— Ai de vocês,
mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês fecham a porta do Reino do
Céu para os outros, mas vocês mesmos não entram, nem deixam que entrem os que
estão querendo entrar” (Mateus 23.13 | NTLH).
Contudo,
Deus está chamando e apontando o caminho. “E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar,
e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus
maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e
sararei a sua terra”
(2Crônicas 7.14 | ARC). Ainda há chance para os que estão de fora. Amém.
Na
alegria do Senhor, que é a nossa força,
Abdias
Campos, servo do Deus vivo