Vamos estudar juntos o texto bíblico a seguir. O
mesmo traz para nós material vasto, o qual nos ajudará a entendermos algumas
situações pertinentes à vida de cada um de nós.
No texto, temos a figura dos sacerdotes fariseus e
seus pares e a de Jesus. Ainda encontraremos a figura do juiz procurando
fundamentos para julgar e não os encontrando. Os fariseus haviam prendido Jesus
e procuravam meios pelos quais se vissem livres dEle. Vamos direto ao texto sob
a direção do Espírito Santo de Deus, o Espírito da verdade.
“Depois, levaram Jesus da casa de Caifás para a
audiência [com Pilatos].
E era pela manhã cedo. E não entraram na audiência, para não se contaminarem
e poderem comer a Páscoa. Então, Pilatos saiu e
disse-lhes: Que acusação trazeis contra este homem? Responderam e
disseram-lhe: Se este não fosse malfeitor, não to entregaríamos.
Disse-lhes, pois, Pilatos: Levai-o vós e julgai-o segundo a vossa lei.
Disseram-lhe, então, os judeus: A nós não nos é lícito matar pessoa alguma”
(João 18.28-31 | ARC).
Vejam que eles prenderam um inocente, prenderam a
Palavra de Deus. Hoje, algumas pessoas são encontradas buscando saídas pelas
quais se livrem da Verdade. Não querem ser confrontadas por ela e por quem a
anuncia; contra si mesmas assim procedem.
Vamos começar por aqui: “E não entraram na
audiência, para não se contaminarem e poderem comer a Páscoa”. A coisa
beira a loucura. A intenção era matar Jesus. Embora os seus corações estivessem
contaminados pela morte, eles queriam celebrar a vida, a liberdade e a comunhão,
comendo a Páscoa. É louco isso, não é? Estavam tentando terceirizar sua maldade
para parecerem limpos. Então, levam Jesus a Pilatos que o podia julgar, segundo
o mundo. Tinham a intenção de vê-lO condenado, mas não queriam se contaminar,
embora já estivessem completamente contaminados. Como pode ser feito isso? Os
transgressores não veem a luz, então se desnudam nas trevas, mas a Luz os vê e
os destrói em seus falsos esconderijos de vidro. As trevas não resistem à Luz. É
como se uma pessoa vivesse com os pés enlameados, mas condenasse pés sujos,
escondendo-os em calçados de plástico transparente.
Esta outra parte aqui é interessantíssima e muito
nos ensina: “Então, Pilatos saiu e disse-lhes: Que acusação trazeis
contra este homem? Responderam e disseram-lhe: Se este não fosse
malfeitor, não to entregaríamos”. Em outras palavras: “Não nos
peça argumentos, pois nós não os temos, e não iremos mostrar nossas fraquezas. Então,
faça apenas o que estamos querendo. Se não fosse malfeitor, não O traríamos a
você”. O argumento oculto é: “Embora não tenhamos nada para acusá-lO, queremos
nos ver livres dEle”. É igual a pessoa que quer que a sua mentira seja
crida, tornando-se verdade enganosa para se livrar de algum malfeito. Para
isso, necessita que ninguém a questione. É o errado desejando a aparência do certo.
Entretanto, isso é engano; não se sustenta diante dos céus. É grotesco. É como
se dissesse: “Não me faça perguntas; faça o que quero; acredite na minha
falsidade”. O errado sempre contra-argumenta, não argumentando nada, mas
impondo o engano através de algum tipo de pressão.
Por fim: “Disse-lhes, pois, Pilatos: Levai-o
vós e julgai-o segundo a vossa lei. Disseram-lhe, então, os judeus: A nós
não nos é lícito matar pessoa alguma”. Então, meus amados, vejam
que a intenção deles, desde o início, era matar Jesus. No entanto, ocultavam em
seus corações tal perversidade, desejando que o seu intento fosse realizado por
outro, no caso, o governador Pilatos, que funcionava também como juiz. Assim,
transfeririam toda a culpa a Pilatos, podendo, nesse caso, participar da Páscoa
livres do crime. Mas, com o coração contaminado? Esse tipo de artimanha é gerado
nas mentes daqueles que não creem no Senhor Jesus e na sua justiça. É melhor
matar a Palavra, se ver livre dela, não ouvindo-a. Essas pessoas não se dão
conta de que nada é oculto aos olhos do Todo-Poderoso.
Portanto, queridos irmãos, tudo o que fizermos,
façamos santamente, na presença do Senhor, para que tenhamos a recompensa dos
justos e não a condenação do astutos. Meditem nisso. Louvado seja o santo nome
do Senhor Jesus. Amém e amém. Glória a Deus.
Na
alegria do Senhor, que é a nossa força,
Abdias
Campos, servo do Deus vivo