“Eu gosto das suas pregações, eu gosto das suas mensagens, eu gosto do seu jeito de pregar, eu gosto dos seus ensinos, eu gosto da forma que você fala.” Bem, se tudo isso é para dizer que você gosta de ouvir a Palavra do Senhor, mas se refere ao homem como detentor dela, essa conexão com Deus não será completada, porque quando você ouve o homem, você não se vê ouvindo a Deus e não se vê obrigado a obedecer a Ele. Pode apenas gostar do que ouve, mas sem compromissos. Entretanto, se você sempre ouve a Deus quando o homem prega a Sua Palavra, aí é diferente. Você ouve a Deus e O glorifica; não transfere a glória do Senhor a outros, e ao mesmo tempo recebe com zelo e temor a Sua Palavra.
“Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor, às imagens de escultura” (Isaías 42.8 | ARC). Esse versículo traz o pacote completo. Perceba cada parte do versículo. “EU SOU O SENHOR” – não existe outro a quem você deve servir ou prestar culto. “ESTE É O MEU NOME” – nesse nome você confia; não há outro nome ao qual devemos nos curvar, obedecer e crer. “A MINHA GLÓRIA, POIS, A OUTREM NÃO DAREI” – a glória de Deus é dEle, por Ele e para Ele, não é para pessoa alguma. “NEM O MEU LOUVOR, ÀS IMAGENS DE ESCULTURA” – Ele também não dá a Sua glória às imagens de escultura, tenham elas a “boa intenção” do seu feitor ou do seu adorador, as quais são cultuadas como representação divina. Isso constitui idolatria, que é condenada por Deus. A Palavra de Deus diz exatamente o que está dizendo. Não cabe interpretação pessoal extensiva à crença religiosa; nunca coube. Quando você ouve a pregação da Palavra de Deus, é o Senhor falando com você, é o Senhor falando diretamente com você, dizendo que sim é sim e que não é não; passando disso, a procedência é maligna. Quando você transfere prestígio a qualquer figura para se conduzir a ela com reverência interior, desvia-se de Deus.
“Quem deu crédito à nossa pregação? E a quem se manifestou o braço do Senhor?” (Isaías 53.1 | ARC). Aquele que acredita em tudo o que está escrito nas Escrituras Sagradas e ouve o próprio Senhor falando, falando diretamente a ele, durante a exposição da Palavra, este é o que “deu crédito à nossa pregação”. O pronome “nossa” se refere ao Espírito Santo de Deus e ao pregador enviado, assim como também à própria presença de Deus e do Senhor Jesus na mensagem pregada. O pregador é o mensageiro, mas a pregação é do Senhor. O crédito, ou seja, o acreditar na mensagem pregada beneficia a pessoa que a está recebendo, pois desse modo o agir do Senhor pode se manifestar na vida do que crê. “E a quem se manifestou o braço do Senhor?” A resposta é: a quem deu crédito à “nossa” pregação.
Em Marcos 16.15, o Senhor Jesus nos envia para pregarmos o evangelho a toda criatura e, em Mateus 28.20, Ele nos assegura de que estará conosco, na pregação, todos os dias, até a consumação dos séculos. A “nossa” pregação se dá justamente por conta disso, pois sem Ele nada podemos fazer. Ele nos envia, mas vai também. Quando o enviado expõe a Palavra de Deus, é o Senhor Jesus que fala pelo Seu Espírito ao coração do que ouve. O Seu Espírito está com o pregador todos os dias para assisti-lo na pregação, conforme se comprometeu a fazer.
Alargando ainda mais esse entendimento, veja o que o Senhor Jesus explica para o pregador, o Seu mensageiro, aquele a quem Ele envia para anunciar o evangelho. “Quem os ouve também me ouve, e quem os rejeita também me rejeita. Mas, qualquer um que me rejeita também rejeita aquele que me enviou” (Lucas 10.16 | BLT). Está bem claro que quando ouvimos a pregação da Palavra é a Jesus que ouvimos (“Quem os ouve também me ouve”). Assim, quem rejeita ouvir a pregação da Palavra e a transfere a um ser pessoal, que pode ser rejeitado, rejeita o Senhor Jesus, porque está ouvindo o homem como o homem, sem dar crédito ao que dele ouve, que é a pregação da Palavra, e a Palavra é Jesus (“e quem os rejeita também me rejeita”). Fechando a questão, o Senhor Jesus diz: “Mas, qualquer um que me rejeita também rejeita aquele que me enviou”, ou seja, rejeita o próprio Deus.
Meus amados, temos o Espírito Santo de Deus, que é nosso professor, o qual usa o homem, quer por leitura bíblica quer por pregação, para que a comunicação da vontade do Pai seja compreendida e aceita no coração do que crê, para dar crédito à pregação, e para que tenhamos vida eterna e sejamos cidadãos dos céus, já desde o tempo da nossa vida aqui na terra. Se rejeitamos a pregação, ficamos de fora; se damos crédito a ela e a recebemos em nosso coração, o braço do Senhor é manifestado a nós. De tal modo, entramos e permanecemos na comunhão com o Pai e com o Filho, pelo Espírito Santo; fazemos parte do concerto divino, assim prosseguimos até o fim. Amém. Glória a Deus!
Na alegria do Senhor, que é a nossa força,
Abdias Campos, servo do Deus vivo