Covid-19 deixou mais de 475 mil mortos no mundo; 100 mil na América Latina

A pandemia do novo coronavírus provocou mais de 475 mil mortes no mundo, um balanço que dobrou em menos de dois meses, de acordo com a contagem realizada pela agência France Presse com base em fontes oficiais, divulgada nesta quarta-feira (24). A região na qual a doença avança mais rapidamente é a América Latina, onde o número de óbitos ultrapassou 100 mil.

No total, 477.117 pessoas morreram de Covid-19 em todo o planeta e 9.263.743 casos foram oficialmente registrados. A América Latina é a região que mais sofre atualmente com a doença. Na terça-feira (23), a marca de 100 mil mortos foi superada, mais da metade deles no Brasil, que conta com 1.145.906 casos e 52.645 óbitos.

O Peru, segundo país da América Latina em número de contaminações – com mais de 260 mil casos e mais de 8,4 mil mortes – está com os hospitais sobrecarregados e a sua economia recuou 13% nos primeiros quatro meses do ano.

Com 127 milhões de habitantes, o México registra 191.410 casos e 23.377 mortos por coronavírus. O país registrou na segunda-feira (22) 6.288 novas infecções, o número mais alto em 24 horas desde que anunciou o primeiro diagnóstico positivo, no final de fevereiro.

Na Bolívia, que superou 25 mil infecções, a maioria dos hospitais que atendem pacientes com coronavírus está à beira do colapso. Já a Argentina, em confinamento obrigatório há três meses, assiste à piora da crise econômica, após dois anos de recessão. No total, o governo registra 44.918 infecções e 1.049 mortes.

Temor da segunda onda

Na Europa, a preocupação é com a segunda onda de contágios por coronavírus. Na Alemanha, as autoridades isolaram duas regiões onde vivem mais de 600 mil pessoas devido ao surgimento de novos focos.

Os moradores de Gütersloh e Warendorf, no oeste do país, terão novamente sua circulação e atividades limitados por uma semana para tentar conter a propagação do vírus, que contaminou mais de 1.550 pessoas que vivem na região de um matadouro na região, onde um foco foi registrado.

Portugal também se viu obrigado a restabelecer medidas para a contenção da Covid-19. Na Itália, as autoridades se preocupam com a falta de cuidado da população. Já na Espanha, temendo uma segunda onda, o governo voltou atrás na decisão de reabrir discotecas.

Nos Estados Unidos, o país mais atingido do mundo, Anthony Fauci, principal consultor científico da Casa Branca, alertou na terça-feira (23) que duas semanas "cruciais" estão se aproximando para o controle de contágios fortes em cerca de 20 estados. Em apenas 24 horas, o país registrou 792 mortes por coronavírus, totalizando mais de 121 mil óbitos e 2,34 milhões de contaminações.

Baixa peregrinação a Meca

O Hajj – um dos cinco pilares do Islã e uma das concentrações religiosas mais importantes do mundo – será realizado no final de junho em condições sem precedentes. Apenas mil fiéis da Arábia Saudita terão permissão para peregrinar, anunciaram as autoridades na terça-feira, um número insignificante comparado aos 2,5 milhões que viajaram de todo o mundo em 2019.

Na Ásia, a Coreia do Sul admitiu nesta terça-feira que luta desde meados de maio contra uma segunda onda de contágios, com entre 35 e 50 novos casos por dia, sobretudo na região de Seul.

Outros países, no entanto, avançam nas etapas de abertura. O Reino Unido anunciou nesta terça-feira que restaurantes, hotéis, salões de beleza, cinemas e museus retomarão as atividades em 4 de julho para tentar relançar a economia.

O colapso econômico provocado pelo coronavírus está afundando o comércio mundial, que registrará um retrocesso "histórico" de 18,5% no segundo trimestre deste ano. Segundo o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), o brasileiro Roberto Azevêdo, essa é a queda "mais pronunciada de que temos conhecimento". No entanto, de acordo com ele, a situação "poderia ter sido muito pior" se não fossem as políticas aplicadas pelos governos para reduzir o tamanho da catástrofe econômica.

(Com informações da AFP)

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