'Nenhum desses bandidos merece meu apoio', diz Soraya Thronicke sobre segundo turno entre Lula e Bolsonaro


Quinta candidata mais votada na eleição presidencial deste domingo, Soraya Thronicke (União-MS) descartou, em publicação no Twitter nesta segunda-feira, uma aproximação com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou Jair Bolsonaro (PL), que se enfrentarão no segundo turno. A senadora pelo Mato Grosso do Sul recebeu pouco mais de 600 mil votos, o equivalente a 0,51% do total.

"Nenhum desses bandidos merece o meu apoio", assegurou a agora ex-postulante à Presidência. A afirmação foi direcionada a um seguidor que, ao responder uma mensagem anterior da senadora, cobrara um posicionamento por parte dela. "A semeadura é facultativa, a colheita é obrigatória. Boa sorte, Brasil", escreveu Thronicke inicialmente. "Que papo de isentão, Soraya. Não me faça perder o crush que eu tenho por ti", retrucou o apoiador.

"Perder você pode significar muito para mim, mas nunca deixará de ser pessoal. Obrigatoriamente preciso ser impessoal. O Brasil está acima da Soraya", ponderou a ex-presidenciável, ao justificar a resposta dada ao internauta.

A senadora foi eleita em 2018 no esteio da onda bolsonarista, vinculando o próprio nome ao do vitorioso na disputa presidencial daquele ano. Posteriormente, porém, os dois acabaram rompendo, e as trocas de farpas foram constantes durante a campanha, inclusive com embates diretos nos debates.

Entre os apoiadores de Bolsonaro, Soraya é vista como traidora por ter se afastado do chefe do Executivo. A senadora, no entanto, também não economizou nas críticas a Lula e ao PT ao longo dos últimos meses, sobretudo no tema da corrupção.

À frente de Soraya, além de Lula, com 48,43% dos votos, e Bolsonaro, com 43,20%, também ficaram Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT). Os dois conquistaram, respectivamente, a preferência de 4,16% e 3,04% do eleitorado.

A expectativa, agora, é sobre como Tebet e Ciro irão se posicionar para o segundo turno. A senadora já deu sinais de que pode compor com o PT, embora não haja nenhuma formalização, enquanto o pedetista deve acompanhar a posição do partido sobre quem apoiar no segundo turno, que acontece daqui a quatro semanas, em 30 de outubro.

O Globo

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