Assim Vivamos Confiadamente, por Abdias Campos


Na verdade, ninguém consegue estabelecer os princípios corretos da Palavra de Deus em sua vida se não for nascido de novo, transformado pela renovação do seu entendimento e vivendo na Luz, andando segundo o Espírito.


Qualquer esforço fora do Caminho será perdido. Não basta nascer de novo. Muita gente para por aí, permanecendo no pecado. O inferno deve ter uma grande área dos nascidos de novo que não foram transformados, porque não se sujeitaram a renovação do seu entendimento pela obediência a Palavra de Deus. Todavia, o servo fiel que examina os seus passos a cada trecho da vida pela Palavra do Senhor há de considerar o que está escrito abaixo, com muita diligência, para não se deixar trair pelas armadilhas da antiga natureza, orgulhosa e vaidosa, que quer encontrar ainda espaço na vida do crente.


“Se eu me justificar, a minha boca me condenará; se reto me disser, então, me declarará perverso” (Jó 9.20 | ARC).


De modo algum o versículo acima está dando permissão para o pecado. Está tão somente deixando claro que o justificar é do Senhor Jesus. Justificar é inocentar a pessoa de todos os seus erros passados, algo que só o sangue de Jesus pode fazer. Ninguém pode justificar-se a si mesmo. “Se eu me justificar, a minha boca me condenará.” Por quê? Porque eu não posso me justificar; não há poder em mim para isso. Nada em mim pode me inocentar, me lavar, senão o sangue de Cristo, que foi derramado por mim, e eu O respeito.


Devo, portanto, também entender de que conforme a Palavra que Ele nos tem pregado nenhuma condenação há sobre mim que ando segundo o Espírito, estritamente na Palavra que é reta. “Se reto me disser, então, me declarará perverso.” Ou seja, se eu abrir a minha boca para dizer que por mim há retidão, a minha própria boca está me confessando perverso. Vejamos o que o Senhor Jesus está ordenando: “Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça” (João 7.24 | ARC). Se eu julgo a mim mesmo pela reta justiça, ou seja, pela Palavra de Deus, não julgo por mim. Então, é a Palavra que me julga, ainda que eu não veja nada em mim que me condene.


Preste atenção no argumento do apóstolo Paulo acerca do assunto: “Porque em nada me sinto culpado; mas nem por isso me considero justificado, pois quem me julga é o Senhor” (1Coríntios 4.4 | ARC). É claro que Paulo tinha a convicção do seu estado de inocência pelo sangue de Jesus. Entretanto, não ousava se justificar, porque não pertencia a ele fazê-lo, como também não pertence a nós, embora saibamos que não há condenação para os que estão em Cristo Jesus, tanto que o próprio Paulo, já perto de ir para a morada celestial, disse confiadamente: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda” (2Timóteo 4.7-8 | ARC).


Assim vivamos nós, na presença do Senhor Jesus, confiadamente, com entendimento, esperando a Sua vinda. Amém. Glória a Deus!


Na alegria do Senhor, que é a nossa força,

Abdias Campos, servo do Deus vivo

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