Na verdade, ninguém consegue estabelecer os
princípios corretos da Palavra de Deus em sua vida se não for nascido de novo,
transformado pela renovação do seu entendimento e vivendo na Luz, andando
segundo o Espírito.
Qualquer esforço fora do Caminho será perdido. Não
basta nascer de novo. Muita gente para por aí, permanecendo no pecado. O
inferno deve ter uma grande área dos nascidos de novo que não foram
transformados, porque não se sujeitaram a renovação do seu entendimento pela
obediência a Palavra de Deus. Todavia, o servo fiel que examina os seus passos
a cada trecho da vida pela Palavra do Senhor há de considerar o que está
escrito abaixo, com muita diligência, para não se deixar trair pelas armadilhas
da antiga natureza, orgulhosa e vaidosa, que quer encontrar ainda espaço na
vida do crente.
“Se eu me justificar, a minha boca me condenará; se
reto me disser, então, me declarará perverso” (Jó 9.20 | ARC).
De modo algum o versículo acima está dando
permissão para o pecado. Está tão somente deixando claro que o justificar é do
Senhor Jesus. Justificar é inocentar a pessoa de todos os seus erros passados, algo
que só o sangue de Jesus pode fazer. Ninguém pode justificar-se a si mesmo. “Se
eu me justificar, a minha boca me condenará.” Por quê? Porque eu não
posso me justificar; não há poder em mim para isso. Nada em mim pode me
inocentar, me lavar, senão o sangue de Cristo, que foi derramado por mim, e eu
O respeito.
Devo, portanto, também entender de que conforme a
Palavra que Ele nos tem pregado nenhuma condenação há sobre mim que ando segundo
o Espírito, estritamente na Palavra que é reta. “Se reto me disser,
então, me declarará perverso.” Ou seja, se eu abrir a minha boca para
dizer que por mim há retidão, a minha própria boca está me confessando
perverso. Vejamos o que o Senhor Jesus está ordenando: “Não julgueis
segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça” (João 7.24 |
ARC). Se eu julgo a mim mesmo pela reta justiça, ou seja, pela Palavra de Deus,
não julgo por mim. Então, é a Palavra que me julga, ainda que eu não veja nada
em mim que me condene.
Preste atenção no argumento do apóstolo Paulo
acerca do assunto: “Porque em nada me sinto culpado; mas nem por isso me
considero justificado, pois quem me julga é o Senhor” (1Coríntios 4.4 |
ARC). É claro que Paulo tinha a convicção do seu estado de inocência pelo
sangue de Jesus. Entretanto, não ousava se justificar, porque não pertencia a
ele fazê-lo, como também não pertence a nós, embora saibamos que não há
condenação para os que estão em Cristo Jesus, tanto que o próprio Paulo, já
perto de ir para a morada celestial, disse confiadamente: “Combati o bom
combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me
está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente
a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda” (2Timóteo 4.7-8 |
ARC).
Assim vivamos nós, na presença do Senhor Jesus, confiadamente, com
entendimento, esperando a Sua vinda. Amém. Glória a Deus!
Na
alegria do Senhor, que é a nossa força,
Abdias
Campos, servo do Deus vivo