“Lembra-te, meu Deus, de Tobias e de Sambalate,
conforme estas suas obras, e também da profetisa Noadias e dos mais profetas
que procuraram atemorizar-me” (Neemias 6.14 |
ARC).
A oração de Neemias a Deus traz ao tribunal da
justiça divina aqueles cuja intenção é afastar as pessoas da missão dada por
Deus, persuadindo-as a desistirem de fazer o que o Senhor as deu para fazerem. Neemias
tinha sido enviado por Deus para reconstruir os muros de Jerusalém, mas havia
opositores. Sabemos, no entanto, que aquele que põe a mão no arado e olha para
trás não é apto para o Reino de Deus; o Senhor Jesus diz isso em Lucas 9.62. Ou
seja, o que a Palavra disser para ser feito, faça; comece e só pare quando
realizá-lo por completo. Você agora anda pelos caminhos do Reino.
Em Mateus 24.13, o Senhor Jesus fala da necessidade
de perseverarmos até o fim para a salvação. O trabalhar com Cristo é sem causa
de renúncia. Nada pode nos impedir de seguirmos realizando o que o Senhor nos mandou,
olhando sempre para Ele, autor e consumador da nossa fé, o qual nos dá o querer
e o efetuar.
O motivo da oração de Neemias é claro em todos os
aspectos. Há oposição. É aí que muita gente para; não pare. Ore. Só em Deus vencemos
as oposições. A oposição deve ser encarada como motivo para você se fortalecer
mais no Senhor, buscando-O mais. Neemias parou de trabalhar por um instante e
foi buscar a Deus. “Lembra-te, meu Deus, de Tobias e de Sambalate,
conforme estas suas obras, e também da profetisa Noadias e dos mais profetas
que procuraram atemorizar-me”. Um fato interessante nessa oração que
Neemias faz ao Senhor é que, além da apresentação dos adversários Tobias e
Sambalate, há também profetisa e profetas, tentando atemorizá-lo. Sambalate e
Tobias como opositores, tudo bem – adversários são adversários. Eles se opõem;
é o natural. Contudo, a oposição de profetas deve ser ao pecado, não à obra de
Deus. Apostasia, negligência, falsidade, prevaricação são pecados terríveis e devem
ser combatidos pelos profetas de Deus, através da pregação da Palavra, pois
tais coisas não podem estar no corpo de Cristo. Entretanto, combater a obra de
Deus usando o espírito maligno do medo, tentando atemorizar quem está fazendo a
vontade do Senhor, não pode acontecer no meio cristão. Havemos de refletir
sobre isso.
Daí, tiramos dois ensinamentos: um é o de nunca nos
atemorizarmos diante de qualquer oposição àquilo que o Senhor Jesus nos deu
para fazermos; o outro é, como profeta de Deus, jamais desestimular alguém que
esteja fazendo a vontade do Senhor, cumprindo o seu ministério, utilizando-se
de ameaças para atemorizá-lo. Meditemos nisso, de todo o nosso coração,
examinando diligentemente o nosso comportamento sob a luz da Palavra, para não
nos encontrarmos fora da dela. Assim, nada pode nos impedir de seguirmos. Amém
e amém.
Na
alegria do Senhor, que é a nossa força,
Abdias
Campos, servo do Deus vivo